A CES (Consumer Electronic Show) é um evento anual onde, há mais de 50 anos, empresas se juntam para verem e serem vistas, revelando e absorvendo as mais recentes inovações do mundo tecnológico. As cassetes de vídeo (VCR) em 1970, o CD em 1981, o DVD em 1996, Driverless Car Technology em 2013 são apenas alguns dos exemplos das tecnologias apresentadas desde a primeira edição em 1967 que aconteceu em Nova Iorque.
Porque somos a empresa que lidera a inovação e o desenvolvimento de software na área da reprogramação e melhoria da performance automóvel, não poderíamos deixar de acompanhar este palco da inovação – que, entre 8 e 11 de janeiro, juntou em Las Vegas mais de 180 mil participantes, 4500 empresas e 1200 startups de todo o mundo, renovando a sua fama como evento líder na influência tecnológica mundial.
Numa curta mas inspiradora semana, foram apresentadas ideias, anunciados planos, partilhadas paixões e projetos que pretendem solucionar problemas e melhorar a qualidade de vida no mundo inteiro. Numa network de peritos e entusiastas, inovações são reveladas, contactos e negócios são estabelecidos, num frenesim de tecnologias de ponta.
A tecnologia 5G foi uma das estrelas do evento, apresentada como o pilar dos transportes, realidade virtual, tecnologia no desporto e saúde digital, sendo a próxima grande promessa desde a tecnologia wi-fi.
A inteligência artificial foi outra das estrelas do evento, exibindo-se como a próxima fonte de revolução das cidades inteligentes, saúde e robótica.
Nos transportes, a Harley-Davidson fez sucesso - mas sem o seu habitual som - com uma mota elétrica. A Bell Helicopter mostrou os seus táxis aéreos.
A Hyundai apresentou o Elevate, um veículo desenhado para os cenários mais agrestes, superando as capacidades de um todo-o-terreno. A pensar em terramotos, incêndios e furacões, o Elevate consegue chegar a sobreviventes, ultrapassando todo o tipo de obstáculos, seja água ou cimento.
A BMW apostou numa “instalação de realidade mista” - BMW Visio iNext, na qual o condutor passa a passageiro num carro que se auto-conduz (imagem de capa). Com ligação constante à internet, pode relaxar e interagir com o carro através de óculos de realidade virtual e controlos de voz.
Diz a BMW que assim proporciona o momento em que o condutor se deixa conduzir.
Mas se acha que ser conduzido é difícil, imagine deixar-se guiar com base nas suas emoções. A KIA apresentou o R.E.A.D. (Real-time Emotional Adapted Driving), sistema que, com base nas suas expressões faciais, atividade eletrodérmica e ritmo cardíaco, determina o tipo de condução que melhor se adequa a si. Por isso, não estranhe se o espaço mudar de temperatura, cor e até música, otimizando-se para os seus cinco sentidos.
Já a Toyota quer aumentar o controlo humano na condução com o seu Guardian. O raciocínio é o mesmo da pilotagem dos aviões: o piloto, através do manípulo, pilota o avião mas não alcança diretamente todas as funções pois, no final, é o sistema do avião que conjuga as ordens recebidas no manipulo para chegar ao resultado ditado pelo piloto.
O exemplo que a Toyota apresentou na CES 2019 foi a simulação de um acidente entre 3 carros, entre os quais o Toyota Guardian, no qual a opção do Guardian foi acelerar para se desviar da potencial colisão. A Toyota não pôs os ovos todos no mesmo cesto: o Guardian utiliza a tecnologia para apoiar o condutor mas a vertente Chauffer da Toyota estuda a possibilidade de retirar o condutor da equação.
Também a Lexus partilha as preocupações da Toyota Guardian e, com o seu modelo TRI-P4, pretende oferecer melhores tempos de reação e maior segurança aos condutores. Com mais duas câmaras e sensores que o modelo anterior, o TRI-P4 adapta-se mais rapidamente às variáveis da estrada e ambiente.
A Mercedes-Benz mantém a aposta no interior do veículo, tendo revelado na CES 2019 o seu CLA compact coupe e o seu equipamento interior de topo. O duplo monitor oferece uma visão bem mais alargada das imagens e o inovador sistema MBUX oferece mais funcionalidades: free-driving mode, inclinação da estrada, adaptação do assento do condutor ao corpo do condutor, energizing coach - adaptação do interior do veículo (temperatura, massagem no assento, luzes, música) ao condutor, leitura de e-mails, entre outros brindes.
Num nível mais lúdico, a Audi, com a Marvel Studios, desvendou a nova experiência de entretenimento no carro - mas para os passageiros! A realidade virtual transformou a experiência de mero passageiro na imersão numa realidade virtual vivida no espaço e na qual cada movimento do carro se reflete na experiência em tempo real - se o carro vira à direita, a nave espacial vira à direita, se o Audi acelera, a nave também.
Ainda, entre condutor e passageiros, a comunicação poderá ficar facilitada com o In-Car Communication da Harman que, através da optimização de microfones e processamento de voz, aumenta a comunicação entre os vários ocupantes do carro. Especialmente nos veículos de maiores dimensões, acabaram-se, parece, os gritos para as filas de trás...
Sem gritos para as filas de trás, poderá concentrar-se melhor no que vê enquanto conduz. Está farto de ver a traseira do carro da frente? A Nissan resolve: “Invisble to Visible” é a tecnologia que lhe permite escolher o que quer ver, sempre com segurança, enquanto conduz. Está a chover mas quer sol? Este sistema oferece-lhe essa imagem. Sobretudo, o “Invisble to Visible” dá informações sobre a estrada que está para aparecer, permitindo antever condições de piso, meteorológicas e trânsito.
Em 2020, de 7 a 10 de janeiro, há mais. A PKE Automotive acompanhará também.